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quinta-feira, junho 08, 2006 

Tema extra

O Destak convida os seus leitores e internautas interessados a comentar o seguinte assunto, relacionado com a cidade de Lisboa nos comentários deste post. Para ler melhor o assunto ver o PDF da edição do jornal de Lisboa. Partilhe a sua opinião.

Concorda com a ideia de se fechar a Baixa-Chiado ao trânsito, transformando-a num grande centro de consumo, cultura, património e poder institucional?

Serão seleccionadas algumas das melhores respostas para aparecerem na edição de papel do jornal [por favor, assinem os comentários, nem que seja com iniciais ou o primeiro nome e, se possível, com a vossa localidade.]

Acho que Santana Lopes já andava, aos poucos a falar e tentar isso. Com ou sem ele parece-me uma óptima ideia. Até porque um cidade cosmopolita e moderna deve ter locais de grande dimensão sem carros, uma das grandes nódoas das grandes cidades. Para mim, quanto mais seguirmos o bom exemplo de cidades nórdicas utilizando menos carros nas cidades melhor. Bicicletas e transportes públicos são a melhor solução para os verdeiros centros das cidades, como é o caso da baixa.

Fico preocupado com o fecho do trânsito. Deve haver uma lógica global na gestão da mobilidade da cidade. Quando se pensa apenas numa zona da cidade corre-se o risco de se prejudicar os fluxos de trânsito da cidade no seu conjunto.
João Maia Lisboa

Não só na Baixa-Chiado é que se deveria acabar com o trânsito, mas sim em muitas outras zonas de Lisboa. A Baixa-Chiado é um dos locais mais frequentados pelas pessoas, daí ser muito desagradável existir trânsito. É mau para os carros e para nós os peões. Essa ideia já deveria ter passado de uma simples ideia para a realidade.

Estão sempre a queixar-se do défice mas depois, no que toca a gastos públicos, há sempre dinheiro para tudo... Os nossos filhos que paguem....

Arnaldo Pinto
(Oeiras)

Se seguirmos o exemplo de Barcelona, onde os carros e os peões convivem de uma forma mais ou menos ordeira (nesta cidade há ciclopistas e passeios pedonais por toda a parte, segurança e um respeito sustentado na civilidade das pessoas e dos turistas que lá afluem), já é um princípio de melhoramento. Mas o receio é que haja uma atitude "à portuguesa": corta-se tudo radicalmente sem pensar nas consequências para mostrarmos ao mundo que "também somos capazes!". Tal como o filme de João César Monteiro (Branca de Neve) nos trouxe a "invulgaridade" e a "ousadia de conteúdo" infantilizando mestres como Lars Von Trier e a escola do Dogma 95.

Já vamos no 2º mandato desta maioria na CML, e os moradores da zona do Castelo de S.Jorge continuam à espera do fecho ao trânsito da Costa do Castelo e da conclusão do parque de estacionamento do Chão de Loureiro, para poderem usufruir de uma "qualidade de vida" mínima - desejável e espectável numa zona histórica - tal como encontramos na maioria das cidades europeias antigas. É esta falta de condições que provoca o aumento do número de casas devolutas, e a consequente "desertificação", que arrasta consigo a falta de segurança, associada ao aumento da criminalidade (sentida na pele, tanto por moradores como por turistas). Todas as iniciativas no bom sentido são de louvar, mas convém não esquecer as medidas básicas que tardam em ser concluídas há já tempo demais!

A Baixa não é tão grande que justifique a necessidade de trânsito automóvel. Está bem servida por transportes colectivos (ainda hoje ouvi um motorista de táxi a resmungar por um serviço que tinha feito para a Rua Capelo, "Esta gente não conhece o Metro?") e em termos habitacionais está cada vez mais deserta.
De duas uma: ou se investe (não necessariamente em termos financeiros) na reabilitação da Baixa para fins habitacionais ou então que se ganhe em qualidade nos serviços que lá estão instalados.
Melhora a qualidade dos acessos e torna-se mais agradável a deslocação.
Seria um sonho ver a Praça do Comércio livre de trânsito e de ministérios, património mundial e transformada num Louvre português, com a adaptação de todos aqueles edificios a museu, concentrando todos os que existem em Lisboa.

Concordo em absoluto com o fecho do trânsito nos centros históricos das cidades.
A ideia é boa, mas, o mais importante,é haver um espaço que funcione como uma "grande praça"; ponto de encontro de pessoas de todas as idades, condições sociais, etc. As cidades que possuem estes espaços centrais vedados ao trânsito são, por regra, menos poluídas, mais abertas, com maior movida cultural, social, etc; e conseguem compatibilizar a sua história com a vida moderna. Uma cidade onde se nega aos seus cidadãos o usofruto dos seus melhores espaços públicos é um lugar que trata mal dos seus habitantes e que não se valoriza.
Pedro, Lisboa.

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