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quinta-feira, julho 20, 2006 

Tema para debate 21 Julho

O Destak convida os seus leitores e internautas interessados a comentar os seguintes assuntos nos comentários deste post. Partilhe a sua opinião.

Os israelitas admitem seriamente lançar uma ofensiva terrestre no Líbano e, à medida que os estrangeiros fogem, o príncipe saudita afirma que não irá deixar Israel continuar a bombardear o Líbano. Será que a guerra no Médio Oriente irá assumir maiores proporções?

Serão seleccionadas algumas das melhores respostas para aparecerem na edição de papel do jornal [por favor, assinem os comentários, nem que seja com iniciais ou o primeiro nome e, se possível, com a vossa localidade.]

PORTO, 2006.07.20
A guerra no Médio Oriente já assumiu proporção suficientemente grande. Assumir maiores proporções é acreditar que o homem não tem noção alguma do que anda a fazer. Todavia, não vejo nada de pacífico para aquela zona e a guerra será de proporção eterna. Infelizmente.
Manuel de Brito

Onde existe mediocridade e decadência e onde o cínico amigo americano está presente nunca haverá tréguas para ninguém. A guerra faz parte de toda a filosofia do poder e neste aspecto tanto os pseudo-ocidentais israelitas como os americanos têm a escola toda. Basta olhar para a História e comprová-lo! É vergonhosa a passividade humana perante actos desta natureza!

Não vejo ninguém criticar o cínico Irão, que já disse publicamente que apoiou o Hezbollah, não vejo ninguém criticar o rapto e a morte de soldados israelitas em território israelita assim do nada, não vejo ninguém criticar a aparente provocação gratuita da organização terrorista Hezbollah contra o estado de Israel, não vejo ninguém criticar o que o Hezbollah provocou e aquilo por que está a fazer passar a sua própria população.
Afinal o que é o cinismo? Seremos então cínicos quando não queremos ver e quando apontamos o dedo com toda a facilidade? Por que é que não se aponta o dedo ao Irão? Ah, pois é, não pode ser porque eles podem zangar-se.

Deêm-lhes tempo e, como tem sido feito, deêm-lhes o apoiozinho, tipo "coitadinhos". Vão ver onde eles vão chegar. Aliás já vão bem lançados...

E para variar, a culpa é... dos EUA. De santos não têm nada, mas isto já chega a ser hilariante.

PORTO, 2006.07.20
Ao A.Aleixo,
Boas. Naquilo que deixei escrito não entrei em críticas porque domino mal a matéria. Entretanto a sua prosa parece-me pro-israelita. Uma pergunta:- em sua opinião deses países todos, Israel, Líbia, Irão, Sìria e outros, haverá algum que esteja isento de culpa? Diga qualquer coisa.
Manuel de Brito

Caro Manuel, eu não sou pro-"nada", ou seja, sou a favor do bom-senso. E é muito perigoso quando nos deixamos manobrar como marionetas pelos terroristas com situações como esta. Provocam a situação (porque sabem qual é a resposta), sem escrúpulos nem respeito pela vida das pessoas do seu país, para poderem atingir os seus fins. Neste caso, vão fazer com que haja mais com que nos entreter a todos (a questão do Irão nuclear já estava a começar a ficar séria para o próprio Irão), desviam a atenção de uma tema importante e criam instabilidade numa zona que caminhava, há uns meses atrás, para um possível entendimento, que eles não querem. De resto, vem a caminho mais ódio por Israel e mais pretextos para sabe-se lá o quê.
Assim muito por alto é isto. Diga-me lá... Serei algum iluminado? Não me parece. Basta bom-senso.

Eu não sei como seria... Será que defenderíamos, também nós, a pátria com unhas e dentes, ou é só no futebol?

PORTO, 2006.07.20
Ao A.Aleixo.
Obrigado por ter respondido. Mas ó António, bom - senso sim, mas o problema é que o seu bom-senso pode não coincidir com o meu bom-senso ou com o bom-senso do Nuno e aí começa a guerra de novo. Lembro-me que na Revolução Francesa, o Robespierre, republicano radical, deu estas instruções à Guarda Nacional: -matem quem for contra nós. E morreram milhares. Dirá você, não houve bom senso. Insisto, o que é que em nome do bom senso se vai dizer a Israel, Síria, Irão e Líbano? Poderia dizer-se, éh pá, olha que se vocês continuam com isso morrem todos. Seria uma táctica, mas para eles a morte ou a vida é igual. Aleixo, respostas práticas:- COMO FAZER PARA PARAR A GUERRA. Acho que você rejeitou uma possibilidade ao dizer que não era iluminado. É que os Iluministas do século XVIII resolviam isto. E nós, não. Porquê? Tem a palavra o A.Aleixo.
Manuel de Brito

Aquilo que eu comentei foi a facilidade com que se aponta o dedo a Israel e aos EUA. Tal como diz, o problema não se devia resumir a isto. Nem eu falei, nem os media, nem a generalidade das pessoas falam de como resolver o problema. Parar a guerra? E que tal evitá-la? O que foi Hezbollah fazer a Israel, ao matar 8 soldados e raptar dois? Porque "estamos" agora do lado de grupos terroristas? Porque se defende agora esta gente? Isto é forma de lutar por alguma coisa? Ou não será muito fácil falar, estando a viver num país democrático, a gozar da liberdade de expressão? Se Portugal sofrer atentados, mudamos de opinião?
O que nós (o mundo inteiro) podemos fazer para evitar tudo isto? Condenar este tipo de provocações, condenar os atentados, condenar os grupos terroristas. O que tem sido feito? O contrário. O que tem vindo a acontecer? Eles estão a ficar mais fortes. Duvida? E os responsáveis somos todos nós.
Pergunta "COMO FAZER PARA PARAR A GUERRA" e muito bem. Mas eu deixo-lhe também a pergunta. COMO FAZER PARA PARAR UMA GUERRA que começou sem motivo nenhum que justifique a provocação, e quando uma das partes tem esse poder e não o quer fazer, nem está interessada nisso? Só mais uma, que para mim bastaria para condenar o Líbano e o Hezbollah: qual foi o objectivo do ataque e rapto dos soldados? Uma acção destas não tem defesa possível. Pura e simples provocação.

PORTO. 2006.07.21
Ao António Aleixo.
Mais uma vez obrigado pela resposta que me deu onde defendeu os seus pontos de vista muito bem. Resumi a sua resposta nestes cinco pontos, entre observações suas e perguntas que me faz.:- 1)“ E os responsáveis somos todos nós...” 2) Porque se defende agora esta gente?.. 3) Para-se a guerra condenando este tipo de provocações, os atentados e os grupos de terroristas. E pergunta-me: 4) - como fazer para parar uma guerra que começou sem motivo nenhum, que justifique a provocação, e quando uma das partes tem esse poder e não o quer fazer, nem está interessada nisso? E ainda 5)...qual foi o objectivo do ataque aos soldados?
Aí vão as minhas observações. Para chegarmos a uma conclusão válida, tínhamos que ter a certeza que tudo o que o senhor diz tem aceitação universal. Do ponto 1) será que é mesmo que a culpa do que está a acontecer é de todos nós? Se sim, então vamo-nos organizar e estudar o assunto e eu lanço daqui já um desafio a perguntar, quem é que está disponível para dar a s suas opiniões e colaborar connosco, porque eu não me sinto bem ser responsável e não fazer nenhum para atenuar as desgraças. Em seis meses temos isso preparado e depois logo se vê...2) Ó António, mas qual gente é que estamos a defender? Temos de saber, né. Diga lá, qual gente? 3) Mas você acredita mesmo que pára a guerra, apenas, condenando ( e como?) as provocações...( se for verbalmente é melhor estar calado) António, como é que se faz, medidas precisam-se...4) Mas a guerra começou sem motivo nenhum... e quem é que não está interessado nisso... António, você tem de concretizar... quem é que tem o poder e não está interessado....Bom, parece que não é bem verdade que a guerra começasse sem motivo nenhum. Vamos à história:- A primeira guerra entre árabes e israelitas foi causada pela independência de Israel e começou em maio de 1948, terminando em janeiro de 1949. De um lado estava Israel; de outro, Egipto, Iraque, Jordânia, Líbano e Síria, membros da Liga Árabe. A recusa árabe à partilha da Palestina, imposta pela ONU, gerou a declaração de guerra a Israel em 15 de maio de 1948, um dia depois da fundação do Estado judeu. Os israelitas, que contavam com o apoio dos Estados Unidos, derrotaram os seus oponentes e ocuparam a Galiléia e o deserto de Neguev. Com as conquistas, o território israelense passou de 14.500 km2 para 20.900 km2. Jerusalém, que tinha 105 mil árabes e 100 mil judeus, foi dividida entre Jordânia e Israel, que incorporou os territórios a oeste do rio Jordão, a Cisjordânia. A Faixa de Gaza, com 40 quilómetros de comprimento e 8 quilómetros de largura, ficou com o Egipto. Esta primeira guerra criou um dos mais complicados problemas para a paz na região: um imenso número de palestinos refugiados. Já na época eles eram mais de 300 mil. Os palestinos - árabes que viviam na região antes da criação do Estado de Israel - ficaram sem uma nação. Muitos fugiram para o Líbano, para Gaza ou para a Jordânia...
Como se vê houve aqui gente que ficou prejudicada com o negocio e muito. Os Palestinos ficaram sem uma Nação, não acha que é um grande motivo para haver guerra?... 5) o objectivo do ataque aos soldados?.... Bem, o sequestro de dois militares israelitas foi feito pelo movimento xiita libanês do Hezbollah mais de duas semanas depois de um outro militar israelita ter sido sequestrado na Faixa de Gaza pelo braço armado do movimento radical al Hamas, nos territórios palestinianos. Aparentemente, o objectivo do ataque aos soldados pelo Hezbolah foi porque o primeiro soldado israelita foi encontrado na Palestina. O que é que ele estava lá a fazer?
António, se tiver tempo e pachorra, diga alguma coisa. Pode dizer mal se não concordar. E aceite os meus cumprimentos.
Manuel de Brito

Bom, o Manuel acaba por criticar de alguma forma a falta de soluções, mas fala-me no passado e acaba também por não dar soluções. O que está feito, mal ou bem, está feito. Holocausto incluído, ok?
O que estava o soldado israelita a fazer na Palestina? Talvez a evitar que algum bombista suicida entre em Israel, estava a proteger o seu país. E lamento, mas não posso apoiar nem compreender grupos organizados que fazem lavagens cerebrais (as virgens, ai as virgens...) a jovens e que os "obrigam" a cometer suicído e a levar com eles mais uns quantos. Por mais razão que haja, não podemos (todos) compreender esta forma de luta.

Deve estar também a par de que Israel e outros estados têm ajudado a Palestina com grandes quantias de dinheiro durante estes anos todos, apesar do conflito. Sabe onde foi parar esse dinheiro, não sabe? Sabe que o conflito é rentável para alguns, não sabe? Sabe da fortuna de Arafat, não sabe? E sabe também como vivem as pessoas na Palestina, certo? Na miséria. E não acredita que toda aquela gente, pelo menos a maior parte, o que quer é poder viver em paz? E que o conflito tem sido "alimentado" por uma minoria que tudo faz por manter a chama acesa?

Haveria muitos pontos a focar, porque é um problema complexo.

Soluções? Só se as partes o quiserem. E eu acredito que Israel tem feito muito mais no sentido de resolver o problema do que a autoridade da Palestina.

Não aponto o dedo a ninguém porque na guerra não existe bom-senso comum, apenas a coragem e a humanidade de cada um pode fazer a diferença.Só espero que o Deus deles, que será o mesmo, tenha mão naqueles espíritos angustiados, e que nos proteja a nós que não estamos assim tão longe...

Vai assumir as proporções que os americanos deixarem!
O que me espanta, e parafraseando alguém aqui, é que os "coitadinhos" dos judeus é que são as vítimas....
Sem mais comentários, que poderiam ser menos abonatórios...
Luis-Lisboa

Bem hajam todos aqueles que conseguem ter consciência e pensar nestas questões. Hoje em dia, com 90% da população mundial completamente manipulada e anestesiada com o dinheiro e televisão é uma lufada de ar fresco esta discussão! A guerra sempre fez e fará parte da natureza e evolução humana e neste caso específico terroristas são todos, só que apenas 1 lado é reconhecido como tal. Como sempre é o elo mais fraco que está rotulado! E ao sr. Aleixo, aqui ninguém tem medo de ninguém e a ter é dos americanos e dos "outros" senhores que num ataque realizado ontem conseguiram eliminar 42 pessoas, 2 dos quais militares. Os outros, por azar eram civis...!

PORTO, 2006.07.21
Ao António Aleixo,
A primeira coisa que tenho a referir é que gostei de trocar estas impressões consigo. E já agora um abraço aí ao Alberto Marques que também disse umas coisas e outro para o grande Nuno. Agradeço ao Destak por nos ter dado a possibilidade de dialogarmos. Sim, você viu bem, eu queria soluções porque música celestial não dá.. Eu fui buscar o passado para partirmos para a análise, através de uma base que reunisse consenso geral, neste caso, meu e seu. Eu não dei nem dou soluções porque estou ainda na fase de apalpar terreno. Diz você, o que está feito mal ou bem está feito. Não acho que seja bem assim; fica sempre uma experiência que não nos deixa voltar a repetir os mesmos erros. Se quisermos evoluir é assim. A resposta que dá, à questão do soldado israelita estar na Palestina não me satisfaz. Um soldado apenas a proteger o seu país?!!! Eu poderei dizer que o local de ele estar não é na Palestina é em Israel . Aí sim, ele está legitimado para defender o seu país. Fora dele, não. E pode ser mal interpretado como foi. Num terreno de ódios, entendo que a colocação do soldado ali estava prestes criar um clima de provocação, como criou. É a mesma coisa que eu ter um problema de partilhas com o vizinho e ir para o terreno dele que eu julgo que é meu com um clavinaço nas unhas. Dá bronca... claro. Concorda? Respeitosamente lhe digo que penso que o soldado Israelita provocou.
Virgens... e lavagens cerebrais, dinheiro para a Palestina (António, porra, recuso-me a embarcar nessa do conflito ser rentável para alguns.... e até para o Arafat que já morreu; a minha responsabilidade social é dar um pouco de mim, pelo menos preocupando-me com uma situação que não dignifica o homem, nem de perto nem de longe. Gamanços há em todo o lado, não é verdade? O que é que você diz dos lucros da banca em Portugal e das famílias portuguesas endividadas em 118%!!! ) Sobre soluções você diz:- Soluções só se as partes quiserem? Não me parece ser essa a saída. Inclino-me mais para a outra sua ideia; a culpa é de todos nós. Conto consigo para atenuar aquela vergonha.... tem alguma ideia?
Um abraço do
Manuel de Brito.

PORTO, 2006.07.21

HÁ GUERRA EM ISRAEL

Amigos e camaradas ...
escritores e poetas deste país!
vocês todos que escrevem ou já escreveram
no Destak
(e cada um escreveu aquilo que quis...)
não se esqueçam que há guerra no mundo
que começa nesse lugar profundo
onde a vida sabe a fel ...
amigos.... há guerra em Israel.

E um alerta aqui vos deixo
A culpa disso é de todos nós...
Como me confirmou o António Aleixo
Esse escritor do Destak
que desapareceu
E o culpado disso fui eu
Porque lhe disse: - António, como é que vamos fazer
Para a guerra evitar?....
Não deixemos António...a guerra aquecer
Porque certamente... que todos nós
vamos querer dar um empurrão
para salvar esse povo; essa nação.


Onde a vida sabe a fel....
Amigos... há guerra em ISRAEL.


Por isso peço a todos aqueles que escrevem
ou escreveram... no Destak
que dêem uma ideia que conduza a uma solução
porque salvar esses países está na nossa mão.
Ó Alípio PADILHA.... o que é que você diz....
Como se resolve isto da guerra...
Ó Joana ó Ana Paula Pereira, ó Conceição Bernardino
Digam qualquer coisa para salvar a TERRA
Ó Maria José Cepeda, ó Elisabete Quaresma
Como é... vamos deixar que haja guerra???
E que no fim fique tudo na mesma?....
Manuel de Brito

Clap, clap, clap. Muito bem, Manuel. Vistas as coisas assim, não há muito a dizer.

Consegue escrever mais do que eu, mas infelizmente diz pouco daquilo que lhe vai na cabeça. Ainda bem que se conforma tão facilmente com os problemas da actualidade. Muito sinceramente, quem me dera ser assim. Tenho filhos e o futuro que vão enfrentar não me parece nada positivo.
Mas como o Manuel dá a entender, isso logo se verá. Assistamos antes, confortavelmente sentados no nosso sofá sem pensar muito nisso enquanto não nos afectar mais directamente, a beber a nossa Coca-Cola Diet, a ver a Oprah, e a comer o nosso BigMac, enquanto fazemos contas à vida depois de ter-mos comprado aqueles ténis Nike que andavamos a namorar.
A vida é bela.

:)
Temos poeta.

Ahahahaha! Muito bom! A vida ocidental é mesmo aborrecida! Não há uma lapidação, nem um apedrejamentozito, uma mãozita cortada ou mesmo um bombistazito suicida para alegrar estes dias de tédio.

Vamos todos viver para o médio-oriente. Mas só uma semanita, que depois os calores e os "apertos" são muitos. Quem tanto defende essa gente, que vá viver para lá. Bastavam 2 dias de intenso viver e convívio.

PORTO, 2006.07.21
COMO É QUE QUEREM QUE NÃO HAJA GUERRA, SE EU DISSE UMA COISA E OS SENHORES COMPREEDERAM OUTRA!...
Manuel de Brito

Parece enfadonho o que vou dizer, tudo serve para fazer guerra o mais difícil é encontrar soluções para a paz.
Mais uma vez podemos assistir a um cenário em que os horrores se poderão multiplicar, em dimensões catastróficas, tudo depende de quem sairá a lucrar mais com ela.
Pena é que todos sofram as consequências e as mazelas que a guerra deixa ficar, rasto de dor, sofrimento e de caos, menos aqueles que as começam.
Quando alguém tem razão perde-a por seguir o caminho da violência.
Mais uma vez repito se nos unirmos será que encontramos soluções para acabar com a guerra?
Se nós próprios entramos em conflito por insignificâncias, enquanto outros morrem sem poder dar a sua opinião!


Conceição Bernardino

Porto, 2006.07.22
Sabia que a Conceição não ia ficar calada e que ia colaborar para tornar digno este espaço Destak. Tenho acompanhado os seus escritos lá no jornal e além de me parecer ter ideias parece-me igualmente uma mulher que não se acomoda. O António Aleixo, com quem troquei aí umas ideias diz que, apenas e por ora, o que se pode fazer de momento é contestar a guerra, o que já é uma ideia e diz de mim que não apresento soluções nenhumas. Ora eu penso que pensar já é uma solução. Perguntaram uma vez ao Newton como é que ele descobriu a lei da gravitação universal. E ele respondeu, PENSANDO SEMPRE.. È o que se pode fazer aqui. Pensar sempre em que moldes é que podemos evitar estas asneiradas do ser humano. Aquela guerra é infame, como são as outras. Os dólares que vão ser gastos naquela guerra creio que davam para os portugueses estarem de férias aí uns cem anos. Então para quê a guerra? Em Londres e em Sidney já lá estiveram milhares na rua a solidarizar-se É uma forma de dizer não. A senhora pergunta:- se nos unirmos será que encontramos soluções para acabar com a guerra? Conceição, se nos unirmos podermos ter uma inspiração qualquer que dê certo. O que não podemos é desistir. A senhora, como eu e o António Aleixo, temos o direito de nos indignar, perante o que está a acontecer. Acho que tem fibra suficiente para a luta e palavra de honra que gostava de ouvir de si aquela mensagem de união e solidariedade para com os povos que sofrem. Mas por favor não se considere vencida e não queira dizer sim à guerra só porque nós próprios entramos em conflito por insignificâncias.. Sabe de quando é a Declaração Universal dos Direitos e do Cidadão. È de 1789. E sabe o que diz o artigo 2º ? Diz: - São direitos naturais e imprescritíveis do homem a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão. E imprescritível, sabe o que é? São direitos que nunca podem ser extintos. E a segurança e a resistência à opressão é um deles. E mesmo assim vai ficar calada?
Manuel de Brito

Senhor Manuel de Brito, julgo que não me fiz entender. Quando eu digo “Mais uma vez repito se nos unirmos será que encontramos soluções para acabar com a guerra?
Se nós próprios entramos em conflito por insignificâncias, enquanto outros morrem sem poder dar a sua opinião!” creio que não entendeu o que eu quis dizer. Pense na lógica deste paragrafo, afinal somos livres de pensar.
Como podem mudar as mentalidades ou lutarmos por algo quando existe discordâncias sociais, raciais, intelectuais, enfim...
Eu sempre fui uma lutadora de causas nobres e não estou a dizer que não podemos fazer nada. Mas sim que temos que esquecer as nossas diferenças e opiniões em prol da luta contra a guerra, através de pensamentos de manuscrito, exaltação, indignação de manifestações todos os meios ajudam.
Fernando Pessoa diz “eu penso logo existo” todos os pensamentos são bem-vindos e produtivos mas temos que pensar positivo nunca desistir de lutar por causas humanitárias.
Não se esqueça que a lei mais importante é a que diz, “todos têm direito à vida”. Muitas das guerras são feitas, porque os interesses económicos de uns tiram usufruto da desgraça de outros.
Que importa é que a guerra acabe mesmo concordando ou não de uma opinião ou outra aqui no destak e para que isso aconteça juntemos a nossas vozes em prol do mesmo, acabar com as guerras. Obrigada pelos seus comentários.

Conceição Bernardino

É muito fácil falar na Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão em países ocidentais e democráticos. Porque não falamos do mesmo assunto, mas em países como o Irão, o Iraque e outros países "nossos amigos" do médio-oriente e não só?

Porto, 2006.07.23
Caro amigo anónimo.
Viva.
Diz o senhor:-"Porque não falamos do mesmo assunto, mas em países como o Irão, o Iraque e outros países "nossos amigos" do médio-oriente e não só?"
Eu não sei como se faria isso? O Senhor sabe? Diga e conte comigo.
Manuel de Brito

PORTO, 2006.07.23`
Para a Conceição Bernardino.
Viva.
Essa de a senhora dizer que eu não entendi o parágrafo, já é, em meu entender, uma pequena vitoria. Porque assim podemos concluir que o homem não se entende nas mais pequenas coisas e daí a senhora ter razão na sua frase “Se nós próprios entramos em conflito por insignificâncias... Apesar de o problema não estar aí, no meu entender, eu estou disponível para, digamos assim, falar mais claro nas minhas notas porque eu quero entender e ser entendido. Sem esta base não vamos a lado nenhum Sobre o que a senhora diz, “Mais uma vez repito se nos unirmos será que encontramos soluções para acabar com a guerra? eu acho que sim, sem garantir nada logicamente, mas garanto-lhe que dessa união deverá sair qualquer coisa, nem que seja um milímetro da solução. Não fazer nada é que não. A senhora pergunta:- (Como podem mudar as mentalidades ou lutarmos por algo quando existe discordâncias sociais, raciais, intelectuais, enfim...) Eu não sei, só sei que não me vou vergar, fazer, fazer, fazer sempre qualquer coisa. Se sempre foi uma lutadora por causas nobres felicito-a por isso e peço-lhe que continue. E diz a senhora:- Fernando Pessoa diz “eu penso logo existo”. Não, a frase é do Descartes e vem lá no Discurso do Método:- "Penso, cogito, logo existo, ergo sum". A senhora diz ainda:- Não se esqueça que a lei mais importante é a que diz, “todos têm direito à vida”. Mas quem é o autor desta frase? Não a conhecia apesar de concordar com ela. No fundo o que interessa é a sua observação final, que é:_ ( O que importa é que a guerra acabe mesmo concordando ou não de uma opinião ou outra aqui no destak e para que isso aconteça juntemos a nossas vozes em prol do mesmo, acabar com as guerras.)
Uma pergunta final:- A SENHORA GOSTA DA VIDA QUE TEMOS? SE NÃO GOSTA ACHO QUE DEVEMOS MELHORÁ-LA. E A SENHORA, O QUE É QUE ACHA?
Manuel de Brito

Peço desculpa pelo meu equívoco em relação à frase em que divulgo Fernando Pessoa.
Mas mais uma vez digo, vamos lutar todos pelo mesmo, acabar com a guerra.
É claro que não me acomodo com a vida que temos mas quando penso no resto do mundo, das misérias e em todo o resto fico feliz por acordar todos os dias e poder dizer estou viva.
Nunca desistindo dos ideais por qual eu luto para que a vida melhore para todos.
Melhores cumprimentos,
Conceição Bernardino

Manuel, assim é difícil comunicar consigo. Discursos filosóficos e muito pouco objectivos, onde faz muitas perguntas aos outros mas dá poucas respostas. Mesmo a si próprio.

Só vou parafraser Mário Soares:Enquanto os americanos deixarem fazer o que os israelitas quizerem...Nada feito.
Primeiro era cedo para o cessar fogo!Agora que viram que não os tombam com a facilidade que as armas "americanas" e o dinheiro "americano" podem ,há que correr ao cessar fogo.
Hipócritas.
Luis-Lisboa

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