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quarta-feira, maio 02, 2007 

Tema para debate 3 Maio

O Destak convida os seus leitores e internautas interessados a comentar os seguintes assuntos nos comentários deste post. Partilhe a sua opinião.

Para combater a obesidade, o Governo vai pagar mais aos hospitais pelas operações de colocação de banda gástrica, para aumentar o número de doentes abrangidos.
Num país em que 50% da população tem excesso de peso, como se deve lidar com este problema?

Serão seleccionadas algumas das melhores respostas para aparecerem na edição de papel do jornal [por favor, assinem os comentários, nem que seja com iniciais ou o primeiro nome e, se possível, com a vossa localidade.]

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É extremamente fácil explicar porque é que, não só em Portugal como também numa panóplia de outros países, o problema da obesidade obriga à necessidade de um pensamento sério e urgente: é que nesses países, castiga-se com brócolos. "Porta-te bem senão vais comer brócolos". Mas seria aprazível que apenas este fosse o problema: hoje em dia a publicidade, a acessibilidade e o constante sobre-valorizar do chocolate e da bolachinha, fazem com que, maioritariamente as crianças, sucumbam a tais desejos. Se juntarmos a isso o facto de existirem restaurantes fast-food, que conseguem praticamente viciar uma pessoa, criam uma certa hegemonia geral provocando uma alarmante difusão desta terrível doença, que também é extremamente social para além de física e biológica.

Penso que as bandas gástricas não são solução eficaz pois não actuam sobre a raíz do problema, pelo que, na minha opinião se trata, mais uma vez, de dinheiro mal gasto por parte do governo. Uma solução verdadeiramente eficaz passa principalmente por uma mudança radical na publicidade (que tem o poder de aliciar os potenciais consumidores, especialmente as crianças) e um controle dos alimentos consumidos em Portugal, fazendo uma espécie de filtragem com vista a banir pelo menos grande parte dos produtos alimentícios não benéficos para a saúde. Outra medida a ser tomada seria uma reeducação do "bem comer", cujo maior impacto deveria provir da escola (envolvendo os alunos e os seus respectivos educadores, para que a mudança também se reflita em casa).

Ah, claro! E o aumento dos preços de produtos não saudáveis como bolos, gelados, pizzas, etc..

tenho estado à espera da tal plataforma contra a obesidade...
mais uma vez a montanha pariu um rato.Então a solução é aumentar o apoio para a colocação de bandas gástricas? Ao que isto chegou!
Faço parte de uma comunidade de pessoas que lutam diariamente para resistir às mil e uma tentações que existem e que se procuram reeducar, tanto ao nível de alimentação como de aumento de actividade física. Esse é o caminho. Optar pela colocação de uma banda ou outro tipo de cirurgia não é A SOLUÇÃO, é sim a solução para alguns obesos.
Mas o que querem fazer agora? Por bandas a torto e a direito? Como dantes se cortavam as amígdalas?
Eu pedia um pouco mais de confiança nos portugueses e na sua capacidade de se educarem. Pedia também apoio em centros de saúde com equipas que nos acompanhassem e eventualmente organizassem terapias de grupo.
A obesisdade é 20% fisica 20% genética mas 60% psicológica, algo nos impele a comer, e a comer mal!
Pena é que para ter as tais equipas, e que em muitos outros paises existem, não se dá tanto dinheiro à industria farmacêutica e das próteses, talvez digo eu.
Assim nõs os gordos temos que andar de clinica em clinica, à procura do tal milagre do acompanhamento multidisciplinar e a pagar couro e cabelo.
Sabiam que os gordos fazem os mesmos descontos para a seg. social? Se fosse para porem bandas gastricas podiam pura e simplesmente abrir contas poupança BANDA.
A mim incomoda-me, esperava que me dissessem que criariam um institito portugues de luta contra a obesidade, com polos descentralizados, onde houvesse acompanhamento e monitorização: emprego para mutricionistas, psicologos, fisiatras do exercicio, cardiologistas.
Caso isto não resulte: banda connosco.
ps: porque nós existimos e quem não nos vê, deve ser cego

Quando eu era miudo comia todos os dias chocolates, bolas de berlim, sumos, batatas fritas entre outras coisa boas, mas no intervalo das aulas ia jogar à bola ou basket, quando sai da escola ia praticar judo, chegava a casa comia qualquer coisa e ia jogar aos canudos, ás escondidas, futebol de rua etc com os amigos. O problema não é a alimentação o verdadeiro problema está na internet, no messenger, xbox, playstation entre outros isto para os mais jovens.
Para os adultos deveriam ser as empresas a proporcionar um espaço para podermos fazer exercicio, os ginásios ou são caros ou estão distantes do nosso local de trabalho só há tempo ou de manhã antes de ir para o trabalho ou ao almoço, se tivessemos isto seriamos mais saudaveis logo mais boa disposição logo mais produtividade, mas os nossos empresários têm mentes tacanhas, não conseguem ver para alem do lucro imediato.
Paulo Viegas

Como as operações custam cerca de 6800€ e a maioria dos portugueses não tem possibilidade de pagar terá de ser o Governo a ajudar nisto e deveria também disponibilizar psicólogos para que os ajudem a controlar o que comem e a saber as causas de tal descontrole.
Luciana - Feijó

Não faço ideia o que dirá a tal plataforma, mas uma coisa eu sei, alem de mais comparticipações e mais operações que sim acho necessarias, tem que se investir noutras areas. Eu tenho um balão intra-gastico colocado a n+ivel particular, não sou rica, mas fiz das tripas coração para o fazer, e não estar anos em listas de espera. Mas ele por si só não faz milagres, é necessario um acompanhamento muito mais abrangete em relação ao problema. Tenho todo o apoio do meu médico, mas o problema vai mais alem, fazem falta grupos de apoio, tipo acontece com os alcoolicos anonimos, onde cada um de nós pode partilhar os seu problemas alimentares, fazem falta mais consultas de disturbios alimentares, faz falta mais informação sobre os serviços de apoio que já existem, faz falta tudo para acabar com esta epidemia.
Sou obesa e quero deixar de o ser, mas sinto falta de informação, toda a que tenho é porque a procurei ate a exaustão, mas nem toda a gente tem a facilidade de a procurar, nem toda a gente tem internet ou vive nas grandes cidades. Deve-se combater desde já a obesidade infantil, ou tratar os obesos morbidos, mas sem nunca esqueçer os outros. Fiz o que fiz a nivel particular porque não queria chegar aos 120 kg, tive possibilidade e cabeça para parar antes, mas mesmo assim encontro muitas dificuldades pelo caminho. Claudia, Cacem

Vivemos na época de abundância e facilidade no acesso a alimentos altamente calóricos. Sendo na sua maior parte doces ou ricos em gorduras é natural que o grosso da população os procure e consuma desmesuradamente.
Se for ainda associado a este factor o crescente sedentarismo e meios de entertenimento que implicam um ausência de movimentos que consomem energia, temos a fórmula de encher corpos para formas menos desejadas e certamente prejudiciais para a saúde.
A médio/longo prazo apode ser que a única solução, que é a mudança de atitude por cada um e por todos, funcione. Mas para isso terá de ser feito um percurso quase equivalente ao tabaco, actualmente em ataque cerrado por muitos lados. Até lá... toca a comer a sopa todos os dias e a andar a pé mais uns minutos :-)

Hélder Bernardo

Julgo que o excesso de pesso essencialmente passa primeiro pela consciecialização dos pais ou comteplarem os seus filhos desde muito cedo com refeições completas, variadas e ricas de acordo com a "roda dos alimentos", onde nao consta o ja famoso fast-food. Embora cada vez mais a familia dificilmente se consegue sentar a mesa numa refeição, à que evitar a comida de "plástico" pois a falta de tempo para exercicio e falta dos nutrientes essenciais, substituidos por "imitações" barartas, resulta no que temos à vista.

Rakata_admin, Pinhal Novo

As bandas gástricas não são solução para a maioria dos obesos, pois estas surgem como tratamento depois da obesidade já existir. A aposta na prevenção deve ser o alvo do investimento por parte do Governo, é desde crianças que deve haver uma educação correcta a nível alimentar e apostas em programas na escolas. No concelho do Barreiro, e penso que há semelhança de outros concelhos, está a ser implementado um projecto nas escolas, intitulado Shape up, o qual promove uma alimentação saudável e a prática de exercício físico, que no fundo são a chave para evitar o excesso de peso. Foi com uma reeducação alimentar (sem passar fome) e com exercício que consegui já eliminar 25,5 kgs, evitando assim as sucessivas operações a que a banda gástricas obrigada. Onde estão as crianças a jogar à bola, ao elástico, à macaca, à apanhada?... nao estão! A nova geração (não querendo generalizar) passa os dias sentada em frente ao computador ou à consola, a comer pipocas, batatas fritas ou outros alimentos igualmente calóricos. Penso que deve haver uma aposta na educação alimentar ou numa reeducação alimentar, alertando para os perigos provocados pela obesidade (diabetes, hipertensão, colesterol elevado...). A concencialização e prevenção são a base de tudo.

Carla C.

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