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quinta-feira, janeiro 11, 2007 

Tema para debate 12 Janeiro

O Destak convida os seus leitores e internautas interessados a comentar os seguintes assuntos nos comentários deste post. Partilhe a sua opinião.

A menos de um mês do referendo à despenalização do aborto, vários movimentos têm feito campanha pelo sim ou pelo não. Como classifica, até agora, a discussão pública em torno deste assunto?

Serão seleccionadas algumas das melhores respostas para aparecerem na edição de papel do jornal [por favor, assinem os comentários, nem que seja com iniciais ou o primeiro nome e, se possível, com a vossa localidade.]

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Está tudo a ser feito calmamente e sem grandes "atropelos". Temo que as coisas venham a aquecer mais para a frente, quando a politica entrar mais a sério na campanha.
Penso que devia haver menos guerra e mais diálogo e o apelo ao voto. Ou será mais um domingo onde vão ser gastos milhares (por exemplo em papel e em pessoal)...

Como é uma questão de vida ou de morte, a discussão tende a ser apaixanada, senão mesmo irracional, mas em democracia há que deixar os votos decidirem.
As leis são feitas por homens, mas as mulheres podem-nas alterar!

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Silvino Figueiredo
Gondomar

Faltam explicações para que os eleitores possam ter uma opinião mais concreta.Quais os critérios? Quais os custos? Sendo a favor do sim, pergunto-me muitas vezes como será? não me parece que seja..." Olhe agora não me dá jeito ter este bébé, quero fazer um aborto......" são estas e muitas outras questões que fazem com que os eleitores ás vezes nem votem.
No entanto acho que estão a ter mais atenção ao apelo do voto para que a abstenção não se venha a constactar, mas......expliquem as coisas as coisas ás pessoas por favor!!!!

MSR/PAREDE

Este debate público em volta do aborto tem sido um confronto de ideias pior ou melhor fundamentadas fujindo ao fundamenteal - as consequências práticas do resultado.

Se o "sim" ganhar o que vai mudar? veremos os nossos hospitais (que já rebentam pelas custuras) com capacidade para realizarem abortos? serão feitos em clinicas privadas de borla? não me parece. O que vai acontecer é que quem tem dinheiro vai poder abortar com as ditas condições, e quem está inserido em meios de risco e com problemas economico-sociais, fica na mesma com uma lei que permite praticar aborto mas onde...ninguém sabe...

E neste cenário quem tem a ganhar é o governo que "acabou com a injustica social" e tem uma oportunidade de investimento. Já se fala da abertura de clinicas da especialidade em portugal.... que surpresa...

Bem vai a nossa mente quando desculpamos o egoismo da indeferença sobre problemas séros a nivel social como a gravidez juvenil ou falta de educação sexual com a permissao de práticas de risco e quem se baseiam em atacar a consequência do problema e não O problema.

Eu sei o que vou fazer... Abster-me com a indiferença que merece a discução politica que tentam disfarçar os problemas que vivemos.

A discussão á volta do referendo sobre a despenalização do aborto. Tem sido por parte dos defensores do não, manipulada, e desvirtuada. Enfatisando a questão da vida, ou não vida do feto, mesmo antes de o ser. Quando o que está em causa, é pura e simplesmente, incorporar na lei vigente, as restantes interrupções da gravidez até às 10 semanas, descriminalizando-as! Tão simples como isso! Ou será, que para os defensores do não, as excepções actuais que a lei consagra, não são também vidas humanas? Deixemo-nos de hipocrisias, e manipulações, sejamos honestos!

Mário Margaride

Até agora, tudo o que se tem falado sobre a despenalização do aborto, tem girado basicamente sobre os grupos a favor do sim, dos gupos a favor do não, mas pouco do essencial. A classe política, quer à direita quer à esquerda, também não prima pela objectividade, pelo esclarecimento popular. Afinal o que é que vamos referendar? É crime ou não fazer um aborto? As mulheres que o fizerem vão ser presas? Se vão ou não, em que circunstâncias? E as implicações financeiras? E as sociais?
Agora que vamos entrar na fase da discussão propriamente dita, espero bem que não continue a ser uma guerra política do sim e do não e que os debates sejam esclarecedores e proveitosos para uma tomada de decisão creteriosa.
Joaquim Vitorino - Moita

Infelizmente a discussão pública parece mostrar o aborto duma forma maniqueísta: pelo não a defesa da vida a qualquer custo (e sofrimento), pelo sim o cingir da questão à despenalização como se fosse meramente um problema jurídico. O aborto é muito mais que isto e quem discute publicamente foge a responder às inconveniências: porque é que a responsabilidade do aborto é colocada sobre a mulher se o feto é de homem+mulher? Ou só tem direitos sobre o feto a mulher? E se assim é, porque vão os homens votar neste referendo? A pergunta do referendo vem reforçar a ideia de que os filhos são mais das mulheres. A sociedade continua a tolerar maus pais mas a criticar qualquer má mãe.
O que é indesejado não é a gravidez mas a criança que daí nascerá e que dará muito trabalho e custará muitos euros a quem a tiver. até porque se a criança não viver nas melhores condições é preciso alertar a comissão de protecção de menores...
ao deixar de criminalizar o aborto este deixa de ser uma coisa negativa para passar a ser pelo menos aceitável, tão aceitável que uma mulher que não engravide nas melhores condições (casa, emprego, família) deixará de ter opção: engravidaste? não há problema, podes (deves) abortar!
Diz-se que houve num ano 18 000 abortos clandestinos em portugal, será que houve 18 000 falhas de contracepção? a verdade é que no fogo da paixão o preservativo não calha nada bem... e pedir a pílula do dia seguinte é muito arriscado (eu própria já sofri os olhares reprovadores e o tratamento hostil do farmacêutico). Além disso engravidar por acidente não é assim tão fácil: são só 3 ou 4 dias por mês, nos casos saudáveis e fertéis, e dessas gravidezes 25% termina em aborto espontâneo. Se há tantos apoios psicológicos para o aborto espontâneo e muitas vezes são necessárias curetagens ou outras intervenções, como negar estes efeitos secundários a um aborto de livre vontade = livre de problemas?
Parece-me que com a despenalização estará a fomentar-se mais a desresponsabilização, em primeiro lugar da sociedade para com os mais desprotegidos, e, em segundo lugar de quem vive o momento sem atentar às consequências (em suma, os irresponsáveis), ao contrário do que seria desejável - ou em utopia a finalidade da alteração da lei - que era deixar à livre consciência e responsabilidade de cada um (a meu ver homem+mulher) o controlo do nascimento de um filho.
Gosto de viver numa época e num país em que posso fazer sexo independentemente da vontade de ter filhos. Numa situação de falha da contracepção seria bom ter a opção do aborto para decidir por mim-nós (só Jesus Cristo nasceu de uma virgem) se o filho nasceria ou não.
maria lopes
odivelas

Mas será que ainda ninguém percebeu que o aborto não vai ser feito num hospital, com internamento e tudo isso? O aborto até às 10 semanas é feito apenas tomando um pequeno comprimido. Nada mais, sem muitos gastos nem internamentos. O que acontecia com mulheres que faziam abortos com mais tempo de gestação, era que levavam esse tempo a juntar dinheiro para o poder fazer em clínicas privadas. Daí, quando chegava a altura de fazer o "desmancho" já tinham bem mais de 10 semanas.

Quanto às campanhas: concordo plenamente que façam campanhas expressando a opinião de cada um. Não conncordo com certos movimentos que, segundo vi, põe crianças, que nem idade têm para perceber, a distribuir panfletos do NÃO.

Cumprimentos

Andreia de Almeida - Corroios

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