Penso que não há uma causa específca para os acidentes mortais citados.
Atribuo um terço a cada uma das causas apontadas.

MB/Porto

À primeira vista dizia que todas essas condições são propícias para que sucedam os acidentes muitas vezes mortais. Mas pisos molhados ou má sinalização, não podem por si só bastar para que se retirem a culpa e a negligência de algumas pessoas. Essas condições deveriam fazer com que o cuidado fosse redobrado. Mas o instinto natural de algumas pessoas é desafiar o perigo. A adrenalina quando está no seu auge faz com que muitos percam a noção da realidade. Esquecem-se que são meros humanos mortais e que de um mo0mento para o outro podem desaparecer. Os números comprovam isso.

Qualquer uma dessas causas pode contribuir para que cada vez mais existam acidentes mortais nas estradas portuguesas. Mas juntando a isso, também a irresponsabilidade de certos condutores pode fazer com que esses números fatidicos aumentem. Existem pessoas que pegam num volante, sem se importarem com a sua própria vida e com a dos outros. Bebem até não mais poder, andam em contramão, gastam os pneus de tanta velocidade e ultrapassam sem sequer ver quem lhes poderá aparecer pela frente. Deste modo, os casos mortais não deixarão de acontecer. Quanto mais se brincar com a vida desta maneira, mais depressa se poderá conhecer a morte...

Toda a gente fala dos acidentes e das suas vítimas como se todas elas fossem culpadas por eles. Toda a gente parece esquecer-se que por causa da irresponsabilidade de alguns condutores, morrem inocentes que vão na estrada, muito sossegadinhos. Que culpa tenho eu de vir alguém a alta velocidade e bater em mim?
A responsabilidade das entidades competentes (o governo) é proteger tanto aqueles que são irresponsáveis a conduzir, como aqueles que são vítimas da irresponsabilidade de alguns condutores menos iluminados – sejam eles a própria família que viaja com eles no carro, sejam os outros condutores. Certo?
Neste caso concreto, é da responsabilidade do governo evitar que um “simples” despiste se transforme numa tragédia – separadores, barreiras, utilização de piso adequado, sinalização, etc. Mas mais importante que tudo – haver uma verdadeira prevenção rodoviária, o que não existe em Portugal.

Porque se investem milhões de euros em viaturas e equipamento de controlo para policiar as auto-estradas, onde a percentagem de acidentes mortais é mínima quando comparada com as restantes vias? Porque se perseguem os carros nas auto-estradas, tira-se a fotografia e depois disso o condutor pode continuar à velocidade a que ia, sem sequer ter reparado que foi multado – qual é a prevenção aqui? Pois. Mas é aí que se enchem os cofres do Estado. Mas porque não se aplicam essas verbas a melhorar as condições das vias?

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Mais de metade dos artistas na condução da morte, deviam ser "despistados" através de uma consciencialização publicitária de choque, como já existe em quase todos os países desenvolvidos, para que pessoas inocentes deixem de ser mortas cruelmente e as nossas estradas e sinais de trânsito deixem de ter tanto sangue derramado. Não há direito em roubar o negro do alcatrão e dizer que temos um tapete vermelho que nos leva ao inferno.

Eu penso "de que" não deveriam por a questão ,como se nós fôssemos os juízes!
Por favor, reformulem as questões...
Um abraço
Luis-Lisboa

Penso que seja um pouco de tudo. É verdade que as nossas estradas são uma lástima e que a sinalização deixa muito a desejar, aliás, basta passarmos a fronteira para os nossos vizinhos espanhóis e notamos logo que as estradas são muito melhores (as estradas são muito regulares, ao contrário das nossas que são todas aos altos e baixos, irregulares). Da mesma forma a maioria das vezes que nos queremos dirigir a uma localidade desconhecida, o que acontece na maioria das vezes é que a uma certa altura é inevitável perdermo-nos pelo caminho! No entanto não podemos "pôr as culpas" nas más condições das vias (embora também seja um factor importante). Acho que os portugueses estão muito pouco sensibilizados para questões como a responsabilidade ao volante, basta ver que não conheço praticamente ninguém que quando vai sair à noite e bebe seja capaz de dizer que não está em condições para conduzir ou que se recuse mesmo a conduzir com excesso de alcool no sangue. Pelo contrário, parece que ainda aproveitam o facto de não estarem em perfeitas condições para mostrarem que são muito bons condutores, sem sequer pensarem que, mesmo sem quererem, podem estar a pôr a vida de muitas pessoas em perigo. Já agora aproveito para deixar aqui alguns conselhos a jovens, que, tal como eu, tiraram a carta há pouco tempo. Estes são os motivos pelos quais os jovens são as principais vítimas dos acidentes rodoviários:
- Falta de experiência: para conduzir é preciso tempo e experiência que os mais novos ainda não adquiriram
- Excesso de confiança: os jovens têm uma má avaliação da sua propria condução e são os mais confiantes nas suas capacidades, apesar de serem aqueles que menos experiência têm
- Maior gosto pelo risco: há mais tendência para buscarmos sensações fortes, para tentarmos ultrapassar os nossos limites, daí até o menor respeito das regras de trânsito, até ao desprezo pelo limite de velocidade
- Menos importância dada à fadiga: os jovens subestimam o cansaço e combinam os esforços no trabalho ou estudos com as saídas à noite, diminuindo assim as capacidades na condução
- Muita condução nocturna: muitos dos jovens conduzem principalmente de noite ou de madrugada. A má visibilidade e a falta de experiência agravam os riscos de acidente, mas se a isso juntarmos outros "ingredientes"...
- Condução sob o efeito de álcool, drogas e certos medicamentos: não é exclusiva dos mais novos, mas nestes verifica-se principalmente em momentos de lazer, à noite, durante os fins-de-semana
- Amigos a bordo: o risco de acidente aumenta com amigos no automóvel, pois estes são fontes de distracção e, por vezes, podem representar uma tentação para mostrar algumas habilidades ao volante
Espero que isto sirva de conselho a alguns, para que tentam mais cuidado quando andam na estrada