Ainda que vença o "sim", a mulher continuará a ser penalizada. Para isso, basta que ela descubra a gravidez depois do prazo legal para o aborto.
Enquanto houver mulheres a recorrer ao aborto clandestino, haverá pressão para se alterar a lei. Ora, porque não assumem de uma vez por todas que o que se pretende é o aborto livre, isto é, a pedido de qualquer mulher em qualquer altura da gestação?
Porque choca? Porque já haverá uma vida? Em vez de andarem a tapar os olhos às pessoas a inventar semanas para o começo da vida, digam, sem rodeios, o que realmente pensam e defendem: a vida só começa no nascimento, ou seja, quando o bebé é visível. Antes disso, é um monte de células indiferenciadas, o mal de todos os males, a causa prima da opressão da mulher.
No final, apesar do aborto consentido e apoiado, os problemas da mulher continuarão...

Referendem a vida e formas de aumentar a população jovem que é o sustento dos idosos e o futuro de uma nação, perde-se tempo e dinheiro a referendar a morte, que exemplo pequeno para as novas gerações.

Ora portantos, a vida só começa quando o bebé nasce.
1 mês antes de o bebé nascer não há vida.
Quem diz isto nunca esteve grávida, com um filho dentro dela, nem nunca foi mãe e, pelos vistos nunca saberá o que isso tem de especial, mesmo que fique.

A minha opinião acerca deste assunto é muito simples e directa. A decisão de abortar deve caber única e exclusivamente à mulher. Só ela e o seu conjuge é que devem poder decidir o que querem ou não fazer. Não é o governo, nem os tribunais que tem que decidir o que fazer, mas sim o casal.A única obrigação que a mulher deve ter, é a de ter todos os cuidados de higiene e segurança, para não colocar em risco a sua própria vida.

Não, acho que dois meses e meio é muito tempo!! Em um mês é tempo suficiente para se saber se quer ou não ter um filho!! Contra!

é incrível que idiotas ignorantes como "ana" pensam assim. O ser humano tem coração a bater na 3ª semana, e ondas cerebrais na 6ª---SISTEMA NERVOSA na 9ª semana!! É nada mais do que Murder--no nome daquele que me comodo. É outro aspecto incrível é a ideia que a decisão é só da mulher--ERRADO---toda a sociedade vai sofrir com a banalização geral e instabilidade da sociedade--verás. Lourenço

Eu também acho que sim! Deve ser o casal a decidir se quer espancar até à morte o filho de 2 anos, se preferem afogá-lo ou desmembrá-lo.
Tal como cabe ao Sr. Zé decidir se quer mutilar o violador da sua filha, ou se prefere asfixiá-lo com um saco de plástico do Continente ou se prefere um do Jumbo.

Mas eu preferia mesmo era que essas tais pessoas (casais) que deviam, dizem, ter o poder de decisão sobre abortar ou não, tivessem o poder de tomar as devidas precauções antes de fazer o amori.

Aborto sim, mas com conta peso e medida, em casos especiais e em casos devidamente avaliados (situação económica, saúde, perigo para a mãe, deficiência). Senão temos as super tias todas a fazer porta-chaves com pessoas pequeninas, tá ricos?

É assim, caso não tenham reparado, as mulheres, quer seja legal ou não, vão continuar a fazê-lo. Porque não criarmos condições para estas mulheres fazerem um aborto, e vez de fazerem numa qualquer pseudo-clínica e morrerem ambos?

Não vamos exagerar como a Ana, porque qualquer pessoa com dois neurónios sabe que uma vida começa antes do nascimento, mas dãi a dizer que um mês é muito tempo para tomar uma decisão...vamos lá a ver...

Imaginemos uma mulher que, numa qualquer mulher, a ovulação se dá logo após o período. Acontece e não é tão raro quanto isso. Ora esta mulher tem um ciclo menstrual de 38 dias (que é o meu caso).

Se a mulher estivesse grávida, sem sintomas, só poderia desconfiar de alguma coisa após um mês e pouco...ainda acham que um mês é muito para se tomar uma decisão?

Sabem que não é instantâneo??As pessoas fazem sexo e não vem um sinal do céu a dizer que está grávida no momento seguinte, ok?

Cumprimentos

Andreia de Almeida - Corroios

Totalmente a favor. O aborto é uma realidade, não podemos simplesmente fingir que não existe e que se votarmos não à sua despenalização ninguém aborta e o mundo é mais feliz. Os abortos não vão parar só porque não são despenalizados. E é preferivel que estas mulheres abortem em locais com o minimo de condições sem precisar de recorrer a Espanha. Também sou da opinião de que não cabe a quem está de fora decidir ou julgar as razões que levam a uma decisão como o aborto.

Carolina Lopes (Leiria)

Está a favor da despenalização do aborto até às dez semanas?
E se for ás nove semanas? Porque não ás onze semanas? Felizmente,para algumas pessoas, eu sou um homem e não vivo com este "pesadelo" iminente dentro de mim... O meu "filho adoptivo" que descobriu recentemente a arte de saber ler, perguntou-me: o que é o aborto? E eu sugeri-lhe a leitura destes mesmos comentários aqui postados e respondeu-me:« ainda bem que a mãe não pensa assim!»
Ainda não consegui perceber se esta despenalização serve apenas para pôr término a uma futura vida, como se duma muda de roupa se tratasse, ou se terá algo que ver com uma gravidez de risco,colocando a mãe e nada mais que a mãe, em perigo de "morte"?!(Como exemplo). Neste caso, tudo dependeria da consciência da "mãe" em questão!
Vá lá,sejam mais esclarecedores..!
Ainda bem que evoluímos do ser irracional para o racional,pondo de parte uma resposta à questão divina que insiste em marcar presença,quer queiramos,quer não!( Ou não?). Ou será que Deus permite o aborto voluntário? Se assim fosse, será que teria utilizado o mesmo método de inseminação milagrosa em Maria?

TrEsEmEs.
(|;-)»

em primeiro lugar devo dizer que me parece uma profunda ignorancia assumir que a decisão de uma mulher fazer um aborto se baseia em factos como a "a beleza do corpo", ou "tapar um erro", ou até mesmo como "meio contraceptivo" como aqui e noutros sitios tenho lido.

Dizer isso é não saber e não querer saber os multiplos factores que levam uma mulher a tomar essa decisão... é achar que uma mulher toma essa decisão de ânimo leve.

Por outro lado dizer que existem tantas "facilidades na aquisição de contraceptivos, custa assim tanto passar, no mínimo, pela farmácia antes de se ter relações" é estar a ser no minimo... ingénu@. Os contraceptivos não estão assim tão ao alcance de todos (o facto de serem gratuitos não quer dizer q estja ao alcance)... a educação sexual também não... sem esquecer das percentagens (concordo que bastante pequenas) que mesmo tomando as devidas precauções algumas mulheres engravidam à mesma.

Por outro lado, e na minha opinião, é esta a questão de relevo em toda a discussão sobre a despenalização do aborto é que as mulheres que tomem essa decisão (correcta ou não, ética ou não) tenham o direito de poder faze-lo em condições de higiene e segurança. Não se está a referendar a morte como aqui já vi escrito... está a referendar-se a vida e saúde de milhares de mulheres que tomam um decisão extremamente (quicá a mais dificil)dificil nas suas vidas.

Incomoda-me bastante como é tão fácil, tão simples julgarmos os outros. Como pelos vistos se torna tão fácil chamar às mulheres de criminosas, julgarmos os seus actos, as suas decisões. Que sabe cada um de nós do sofrimento alheio? Quem pensamos nós ser para ter a pretensão de acharmos que sabemos medir o sofrimento alheio e as dificuldades ou facilidades da vida dos outros?

Que pensam? não despenalizar o aborto vai fazer com que isso nao aconteça? Que já não basta o sofrimento que uma mulher passa desde o momento que começa a pensar no aborto, tomar a decisão, fazer o aborto, ter que viver com isso para ainda ser obrigada a ver-se humilhada e insultada em praça pública nas barras dos tribunais?

Francamente.......

Também pode ser lido o que foi escrito, em português, no blog que se encontra em http://sol.sapo.pt/blogs/pauloteller/default.aspx.