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quarta-feira, abril 26, 2006 

Tema para debate 27 Abril

O Destak convida os seus leitores e internautas interessados a comentar os seguintes assuntos nos comentários deste post. Partilhe a sua opinião.

Cerca de 9 em casa 10 acidentes mortais nas estradas portuguesas no ano passado deveram-se a erro humano. Será que os portugueses continuam a conduzir mal e a por em perigo a sua integridade e a dos outros?

Serão seleccionadas algumas das melhores respostas para aparecerem aqui no blog e, posteriormente, na edição de papel do Destak [por favor, assinem os comentários, nem que seja com iniciais ou o primeiro nome e, se possível, com a vossa localidade.]

Bem, não entendo muito bem este "revelador" estudo. Se os automóveis ainda não andam sozinhos e são conduzidos por pessoas e errar é humano... Enfim. Os acidentes só se podem dever a erro (imagine-se!) humano.
De qualquer forma, sim, penso que no geral os portugueses conduzem mal. Conduzem como se estivessem no sofá lá de casa. Não olham para o lado, para os espelhos e conduzem completamente alheados do que os rodeiam. Não vou falar da velocidade excessiva porque é uma questão que já cansa. As manobras perigosas são muito mais... perigosas (e podem ser feitas a 40 km/h) e ninguém fala delas.

Existem muitos portugueses que todos os dias arriscam as suas vidas e a de terceiros. Ultrapassagens feitas em curvas a altas velocidades, travagens bruscas porque em vez de estarem com atenção à estrada estão a retocar o baton ou o rimel e a atender telemóveis. Não bastando isso ainda pegam no carro caídos de bêbados, sem terem noção do que estão a fazer.Por estas e outras razões é que dificilmente acabarão os acidentes nas estradas

Claro que sim. A irresponsabilidade dos portugueses na estrada é fruto da sua educação. A falta de civismo e desrespeito por tudo o que é regras básicas de vivência em sociedade é natureza do português. Não querendo generalizar, o português ainda não está pronto para uma sociedade democrata, aliás nem sabem o que isso significa.

A maior parte dos acidentes ocorridos nas estradas portuguesas devem-se a erros humanos.Apesar de todos os avisos e de toda a publicidade que existe para se conduzir com precaução os condutores portugueses a cada dia que passa conduzem cada vez mais com menos consciência.É comum ver-se ultrapassagens perigosas pela direita, ultrapassagens sem pisca,ultrapassagens nas curvas, desrespeito do limite máximo de velocidade e desrespeito das regras de segurança rodoviária(falar ao telemóvel, não usar cinto de segurança,desviar a atenção da faixa de rodagem para falar com o passageiro do lado ou do banco traseiro, entre outros).
O mal dos condutores portugueses não é não saber conduzir, mas sim conduzir sem consciência pondo assim em perigo a sua integridade física e a de terceiros.

O erro é sempre humano. Mas afinal, de quem? Só do condutor? Em muitos casos é mesmo azelhice e falta de civismo.
Mas quando o condutor apanha um lençol de água na estrada e tem um acidente a culpa é... dele, porque devia ir mais devagar. A culpa (curiosamente) não é de quem devia evitar que se formem lençois de água na estrada. Nos IP's os acidentes que acontecem são sempre culpa do condutor. Não é de quem projectou uma via daquelas, com aquele volume de tráfego sem separador central, nem de quem continua a deixar morrer pessoas, podendo fazer algo.
Toda a gente parece esquecer-se que não morrem só os que têm culpa nos acidentes. Morrem os "outros", que vêm descansados da vida e levam com outro em cima (onde está o erro destas pessoas? Estar no sítio errado à hora errada?). E estes, pelo menos, deviam ser protegidos pelas entidades competentes.

Ainda não foi referida aqui a fraquissima qualidade da formação de condutores em Portugal. Uma pessoa quando acaba de tirar a carta não está minimamente habilitada para conduzir na vida real pois não foi para isso que foram preparados, o que se aprende nas aulas de condução é a forma de operar uma máquina num ambiente laboratorial em que tudo é perfeito: não há trânsito, não há pressão, se o carro for abaixo não faz mal, quem estiver atrás que espere... a vida real não é assim.
Os candidatos a condutores são ensinados a conduzir segundo um conjunto de regras e procedimentos que na vida real não têm cabimento nem utilidade, quem conduz todos os dias (e que sabe realmente conduzir) sabe que muitas vezes para cumprir uma regra podemos estar a criar um acidente. Acima de tudo, incluindo as regras, tem de haver bom senso e boa capacidade de avaliação das condições em que se circula antes de se fazer qualquer movimento. Deixo um relato de uma situação vivida por mim e que retrata o tipico condutor português: vinha numa auto-estrada na faixa mais à esquerda de 3, confessso que vinha em claro excesso de velocidade mas como eram poucos os carros em circulação e estavam à direita ou ao centro continuei tranquilamente. Avistei ao longe os faróis vermelhos de um carro à minha frente e nenhum veículo à sua direita, fiz sinais de luzes e ele não só não se moveu para a direita como ainda travou a fundo, a minha sorte é que sou rápido de reflexos e tenho um bom carro senão batia por trás e a culpa era minha. Além disso foi possível ver que o condutor do veículo que seguia à minha frente começou a reclamar com o espelho retrovisor (não sei o que é que o espelho lhe fez) e fez-me um sinal para o ultrapassar pela direita. Deixei-me ficar para trás uns metros para o ultrapassar pela direita rapidamente quando não tivesse nenhum veículo nas proximidades e quando faço a manobra ele encosta-se à direita para me empurrar para fora da estrada, quando me apercebo da manobra travo, reduzo e ultrapasso de imediato pela esquerda. Se não fosse o meu passado de condução de competição profissional não me safava desta com facilidade e sem o carro amassado. E ainda dizem que EU sou tolo... nunca tive um acidente nem nunca fui multado, no entanto tenho a noção que perante a lei estou frequentemente em situações de incumprimento, nomeadamente dos limites de velocidade em auto-estrada (e apenas em auto-estrada). Não ultrapassar linhas continuas, parar nos stop e dar a passagem a quem tem o direito, aliado ao bom senso é uma boa base para se ser um bom condutor, o resto vem com o tempo e com os kms.

Sobretudo, tem de haver muito bom senso por parte dos condutores e civismo, porque sem isto, não vamos a lado nenhum!

Utilizar o carro próprio é considerado por muitos como o máximo da liberdade.
Contudo, e por mera hipótese, ponho a seguinte questão:
Se o investimento privado e público em carros e estradas tivesse sido feito em metros e comboios, hoje não haveria tantos acidentes, não haveria necessidade de importar tanto petróleo e as ruas seriam espaços de convivência civlizada.
Dirão alguns: mas os transportes não chegariam a todo o lado?
Pois não. Teríamos de fazer algumas caminhadas. Mas isso não seria problema, já que não haveria tanta poluição vindas dos escapes a intoxicar os pedestres.

Concordo plenamente. Grande parte dos acidentes de viação nas estradas portuguesas, quer mortais, quer ocasionais com simples embates e, aqueles que, por vezes não parecendo tão graves acabam por sair alguns feridos, não se devem ao facto de os portugueses não saberem conduzir, mas, sim e essencialmente ao facto dos condutores não cumprirem, os seus deveres como cidadãos, pois, por vezes, os acidentes mortais devem – se à falta de civismo, sendo este o principio mais esquecido. Quem não cumpre o código da estrada nunca será um bom condutor. Também o excesso de álcool é um aspecto a considerar, pois quem conduzir sobre o efeito do álcool tornar-se-á um cidadão irresponsável e por isso está a pôr em perigo a sua integridade e a dos outros.
Rui Oliveira, Almada

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