« Home | Tema para debate 2 Outubro » | Tema para debate 29 Setembro » | Passatempo "Hostel" » | Tema para debate 28 Setembro » | Passatempo "The Feeling" » | Tema para debate 27 Setembro » | Tema para debate 26 Setembro » | Tema para debate 23 Setembro » | Tema para debate 22 Setembro » | Passatempo "OC - Na Terra dos Ricos" » 

segunda-feira, outubro 02, 2006 

Tema para debate 3 Outubro

O Destak convida os seus leitores e internautas interessados a comentar os seguintes assuntos nos comentários deste post. Partilhe a sua opinião.

Luísa Castel-Branco lança hoje uma interrogação sobre se deveria alterar o enforque das suas opiniões.
«Terei a obrigação de escrever sobre os problemas nacionais e internacionais, em vez de contar pequenas histórias ou estados de alma?» O que deveria a colunista fazer?

Serão seleccionadas algumas das melhores respostas para aparecerem na edição de papel do jornal [por favor, assinem os comentários, nem que seja com iniciais ou o primeiro nome e, se possível, com a vossa localidade.]

Um bom colunista é aquele que sabe verdadeiramente o que pretende do espaço que lhe é disponibilizado.
Quando surge a incógnita do assunto a tratar, isso significa que o marasmo político, financeiro, cultural e social que o país atravessa começa a afectar o espírito crítico dos comentadores. Logo, devem estes mesmos colunistas afastarem-se e dar lugar a outros que tenham algo de novo e de diferente para dizer e contar.
Luísa Castel-Branco já se arrasta há muito no mundo das opiniões. Por isso, deve-se afastar temporariamente e dar espaço a novas mentes abertas a novos modelos de opinião. Até porque o protagonismo não pode ser eterno...

PORTO, 2006.10.02

"PEQUENAS HISTÓRIAS..."

Ilustríssima Luísa.
Viva.
Eu acho que você se sai muito bem na escrita de pequenas histórias. Não a conheço bem fora delas mas é aqui que o colunista se deve situar. Sobretudo nos estados de alma. Fique aqui.
JS

Desconhecendo o propósito do seu dilema, julgo, todavia, que a Luísa deverá ser totalmente livre na difusão das suas opiniões. Se a sua dúvida é fruto de uma reflexão espontânea, deverá ser a Luísa a procurar a resposta. Mas se a questão é o resultado de qualquer influência exterior, parece-me que tem duas opções: ceder a eventuais pressões e manter-se como colunista do Destak ou abandonar a crónica, mantendo a cabeça erguida, na profissão como na vida. Seja como for, há aspectos da sua prosa que me têm parecido úteis. Os estados de alma têm tanta ou mais importância do que os estados do Estado ou do Mundo.

Com apreço, um dos (por certo muitos) seus leais leitores.

Quem não é convicto do que quer deve parar e reflectir. Por melhor ou pior que seja a opinião dos leitores em relação aos comentários da Luísa, cabe à própria autora julgar se muda o alvo das suas reflexões.

A mudança faz parte da vida. Mude se tiver a íntima convicção de que o deve fazer. Mude se estiver cansada. Mude se acha que vai ser mais feliz. Mude. Só não mude se achar que não deve, por mais que seja essa a opinião dos outros. Cedo ou tarde, um leitor acaba sempre por perceber a falsidade...

O pior que pode haver é gente que não está de acordo com aquilo que defende. Posto isto, ou é genuína ou dá lugar a quem o seja.

Se a dúvida é agradar a uma maior parcela de leitores, escreva sobre o tema, ou temas que lhe der mais prazer e que sinta vontade de partilhar.Varie conforme o seu estado emocional, por vezes apetece-nos dizer algo que pensamos pode mudar alguma coisa.
Boa sorte.

olá Luisa,

Sou uma admiradora sua, tenho acompanhado todo o seu percurso.
Todos nos em determinada altura temos duvidas sobre o que devemos ou não fazer! Se acha que deve falar sobre os problemas do País e não só! pois faça-o, porque decerto vai faze-lo bem!!!!
Olhe uma sugestao, começe pelo proc C Pia!! uma vergonha nacional.
Tudo de bom pra si.
Maria Silva

A Luísa Castel-Branco deve, acima de tudo, escrever sobre aquilo que quer partilhar com os leitores.
Não tenho nada contra a que fale dos problemas nacionais ou internacionais. Por vezes, há coisas que provocam a nossa indignação e ofendem o nosso sentido de justiça de tal forma, que é um dever de consciência falar delas.
Por outro lado, os seus "estados de alma" sempre me têm feito reflectir e não são raras as vezes em que diz o que eu própria diria, se escrevesse. São experiências de vida de nos fazem olhar para dentro de nós próprios. E neste tempo em que andamos todos distraídos e atafulhados de "ruído" e de "lixo", uma instrospecção de vez em quando é... preciosa.
Escreva sempre, Luísa! Fale das suas reflexões sobre a vida e os sentimentos. E fale do resto, se quiser!
Maria E.

Cara Luísa Castel-Branco,

Vejo que a vida vai difícil! Nunca fui fã seu nem nunca gostei do seu "Consultório", no seu início na RTP (pelo menos, que me recorde de si). Só gostei mesmo dos programas... mas pelos seus convidados. Bem-haja, sim, por exemplo, ao Alvim com o seu "novo" livro da altura. Sempre detestei a sua forma de comunicar, por vezes grosseira e, sempre que possível, bastante acentuada de feminismos (questão esta que nunca a faz uma pessoa/comentadora/apresentadora imparcial, no que toca a "opiniões"). Acho-a também daquelas pessoas que nunca percebi de onde vem os seus minutos de "fama" (ou notoriedade ou reconhecimento social) que ainda persistem. Mas claro, e falando deste mundo de opiniões e de questões sociais e internacionais... veja-se o Brasil (povo) que até elege os despromovidos, anteriormente, de altos cargos governativos por também alta corrupção. Enfim... é este o mundo que vivemos, quer se trate de Brasil, Portugal ou qualquer outro buraco. Mas na verdade, cada um tem mesmo a sua opinião e, assim como as vaginas, quem quiser dar que as dê.

Mas que fique assente que a minha resposta à sua questão não é influenciada em nada, pela minha opinião sobre a sua pessoa! E para tal resposta, faço questão em esclarecer todas as minhas razões com exemplos bem da vida real, como a Sra. gosta.
Voltando ao início, realmente a sua vida está, e continua, difícil após ter de chegar a este ponto de não saber o que escrever... sob desculpa de "TER OBRIGAÇÃO DE ESCREVER"! Se calhar o melhor é começar a escrever mais textos humorísticos como esta sua citação atrás transcrita, que acha? É só um conselho. É só dar continuidade ao trabalho que empregou nestas suas palavras. Porque quanto aos seus textos... mais opiniões NÃO, por favor! Não posso dizer que não interessam a ninguém, tendo que ter sempre em conta esta sociedade cada vez mais sensacionalista. Mas posso dizer que nem as suas opiniões sobre problemáticas nacionais ou internacionais seriam de louvar. Adianto já! Acho que estamos, sinceramente, a precisar de textos construtivos ou instrutivos e nada mais. Vejamos, na concorrência, Miguel Somsen. Brilhante! Ou todos os trechos sobre nutricionismo/saúde e coisas assim deste carácter instrutivo! Isso sim, é de louvar, minha cara. Quanto aos seus dizeres... Ora vejamos os seus últimos “Instantes” e as suas opiniões. Foram 50 linhas de texto em que “de louvar” é o facto de ser uma coluna bem fininha:

- 18 linhas (36% da sua coluna) de “interessante” gabarolismo ao próprio Destak... consigo incluída, claro! Isto interessa mesmo para quê? Ok, “opiniões”. Mas, caso não saiba, o Destak já faz e muito bem esta sua divulgação! Ou acha bem que todos os comentadores do jornal resolvessem deixar o seu agradecimento? Qual o interesse? Sabe, uma pessoa tem de reflectir sobre os seus actos e quanto aos seus... não percebo como uma pessoa pode tomar assim tal “iniciativa-informativa”.

- 4 linhas de mais auto-gabarolice com a introdução ao MARCO que a Luísa quis deixar gravado, como agradecimento pelo espaço cedido. Será isto um tom de despedida? Devia! E mais uma vez, que significância tiveram estas quatro linhas tão mal empregues?

- 12 linhas de suas dúvidas e mais os seus problemas.

- 16 linhas em que remete para “o povo” (como eu já tinha referido atrás) o problema que é a Sra. não saber o que escrever.

Ou seja, e vendo só estes “Instantes”, 50 linhas para quê???

Li também o que a Sra. diz achar interessante. Temáticas estas que por acaso já reparei serem de sua preferência nos seus antigos programas diários da RTP. São os “pequenos dramas” e das “histórias DE que ninguém conhece”. Bem, minha cara, acho que a TVI até lhe lambia os pés com este seu interesse popular (que como deixou claro, expansível à internacionalidade, claro!). É que histórias como as da “Sra. Gertrudes que morreu na Rua de Cima, nº 228, logo numa sexta-feira 13! Já viram?! Tinha logo que lhe cair um poste na cabeça quando ia a passar. Que drama! Oh Sr. Manel, o que achou de tal acontecimento na aldeia? Sra. Balbina, quem acha que foi? Sra. Antonieta, tem um nome lindo, mas sabe se por acaso poderá ter sido algum extraterrestre a causar esta morte?”... enfim, sensacionalismo popular como a TVI muito gosta de empolar. Mande para lá a sua Candidatura Espontânea e tente a sua sorte. Irá sentir-se em casa na TVI e... fica resolvido a sua problemática existencial, aqui no Destak, e passa a escrever mesmo para outro lado.

E lembre-se também que muitos existem, como eu, que não a obrigam a escrever!!! Não se sinta presa a essa sua obrigatoriedade. Imagine o que seria se toda a gente resolvesse ter a sua coluna com a desculpa de querer ter a sua “liberdade e evasão daquilo que sentem”? Em vez de uma página do leitor e de muitas outras relativas a notícias do mundo... passaria a ser então, uma página relativa a notícias do mundo e... TODAS as outras com conversas de chacha de pessoas a falar dos outros e dos seus vizinhos. Qual este interesse, hein?

Bem, chega mesmo a altura que, se escrever é para si um momento de liberdade e evasão, era óptimo que começasse a escrever para si própria, como muito boa gente faz. É que um momento de liberdade e evasão (escrever o que lhe vai na alma) não é sinónimo de ter de ser escrito E PUBLICADO, certo?

Bem, deixo-lhe aqui o meu ponto de vista e... “etc. e tal” :)
Melhores felicidades e beijinhos

Devo dizer que na minha opinião imediata e objectiva, (e porque este país precisa de opiniões imediatas e objectivas) é não! Não deve escrever sobre os seus estados de alma. Um jornal deve ser um instrumento de informação clara e objectiva e não um ponto de ligação entre as opiniões pessoais da luísa e os leitores. Devo salientar que não estou a condenar qualquer tentativa sua de escrever sobre os temas que referiu, mas julgo um erro se o fizer sistematicamente. Acho que seria bem mais produtivo usar todo o seu saber para criar motes de reflexão. Além disso os estados de alma são algo de muito subjectivo e por isso, não creio que possam ser comparados a informação credível e objectica. Tão piuco creio que pretenda entrar no campo da filosofia.
Esta é a minha sinsera opinião... e uma opinião é uma simples opinião. Mas não deixa de ser uma opinião.

Enviar um comentário