"Não procures o príncipe encantado. Procura o lobo mau. Ouve-te melhor, e ainda te come." – Quitéria Barbuda in “Ratazanas”, Revista “Espírito”, nº 34, 2006.

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Esta situação era de prever, se analisarmos a quantidade de empresas que se deslocalizaram para os países de Leste , iremos verificar que a grande maioria eram provenientes da Zona Norte, daí que a sua saída trouxe como consequência imediata a perdas de milhares de postos de trabalho e ao empobrecimento de toda uma região, daí que não seja de estranhar esta situação, aliada também á falta de invesvimento que se continua a verificar na região Norte.

O norte de Portugal tem uma densidade populacional elevada comparativamente com o resto do país. Da mesma forma que existe uma grande quantidade de pessoas com dificuldades económicas também existem outras com um enorme poder económico. Aliás, é no norte que se concentram as maiores fortunas do país não herdadas. Significa que nesta região mais que em qualquer outra, verifica-se um grande desiquilíbrio social. A situação é consequência da recessão económica que se tem vivido nos últimos anos e também, em grande parte, a falta de suporte social e legal por parte do Estado aos trabalhadores da indústria, os mais afectados. Tem sido com total impunidade e menosprezo por quem trabalha e suas famílias, que empresas nacionais de centenas de trabalhadores encerram por falências "viciadas", ou internacionais se deslocalizam para outros países sem qualquer obrigação social acrescida no mais selvagem dos princípios capitalistas que lembram muitas vezes o lado mais negro da Revolução Industrial.
Com o fim das empresas nacionais os patrões "falidos", abrem novas empresas com máquinas e material a crédito vendendo as anteriores. Com este dinheiro e o que ficaram a dever aos trabalhadores compram mansões e ferraris. O Estado é culpado porque permite esta situação indigna.

Podem ter chegado a essa conclusão, apesar das pessoas que vivem no norte do país, consigam ter melhor qualidade de vida, e é nas grandes cidades, que se verificam familias verdadeiramente pobres e problemáticas.

Não concordo que quem viva no Norte viva com mais dificuldads. Pelo contrário, muitas pessoas que vivem nas aldeias têm uma vida menos stressada a todos os niveis, incluindo o monetário. Viver longe da capital e dos grandes centros por vezes é um privilégio. Por exemplo enquanto nós gastamos balúrrdios a comprar legumes, eles comem o que semeiam. Têm melhor qualidade de vida e muitos deles habitam vivendas de fazer inveja a qualquer tia de Cascais.Talvez não seja assim tão mau morar no Norte de Portugal...

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